domingo, 13 de dezembro de 2009

Advento - Construíndo o Presépio - Semana 3

Semana 3

Introdução:
Vamos agora lançar o nosso olhar mais longe, bem lá no horizonte. Uma caravana simbolizada (segundo a tradição) por três homens de raças diferentes, atravessa o deserto, guiada por uma estrela, em busca dum recém-nascido. Estranha, misteriosa, esta aventura: Vamos deixar-nos envolver por ela. Vamos, nós próprios, integrar essa comitiva para captarmos as motivações destas pessoas tão diferentes, mas com um mesmo objectivo.
Enquanto se proclama a leitura, colocam-se sobre o presépio as imagens dos Magos.

Leitura: Mt. 2,1-12
Comentador:
Quem são os magos?
O povo de Israel sempre se viu como o povo escolhido por Deus. Os profetas foram alimentando a esperança de que um dia Deus se faria presente num filho daquele povo e este filho os libertaria de todos os males e opressões… mas nunca lhes passou pela cabeça que Deus pudesse ultrapassar as fronteiras de Israel… que os outros povos pudessem ser salvos também...
Os magos eram pessoas que queriam ver essa salvação. No Oriente uma luz nova chamou a sua atenção e imediatamente se puseram a caminho…
A tradição encarregou-se de dizer que eram três, estes magos: três homens de raças diferentes, representando toda a Humanidade, como que a dizer que quando a estrela se levanta, ninguém fica fora da sua luz... Desde que Deus resolveu morar no nosso meio, ninguém fica excluído da sua luz. Mesmo aqueles que não o conhecem...
A estrela levanta-se para todos os povos. Ninguém fica excluído da sua claridade.
É verdade que há muitos que não vêem porque nunca tiveram oportunidade... mas há muitos também que não a querem ver… porque isso talvez os fizesse mudar tantas coisas… poria em perigo tantas vantagens… derrubaria tantas certezas… questionaria tantos projectos… Mas o problema maior talvez resida no medo de não poder resistir ao seguimento dessa luz...
Como é a minha relação com as pessoas? Aceito as diferenças? Percebo e aceito que também elas são profundamente amadas por Deus? Que Deus veio também para elas?
Como sinto a presença de Deus na minha vida? Deixo que seja Ele a orientar os meus passos, a iluminar os meus caminhos? Deixo que Ele questione os meus valores, os meus rumos?...

Momento de silêncio: (música de fundo)
Seguir a luz significa renunciar a ser o centro de tudo para seguir por outro caminho; talvez por isso tanta gente não queira seguir a luz de Cristo… tanta gente feche os olhos a tudo o que seja amor, fraternidade, atenção aos outros, serviço…
Como para os pastores, também para os Magos o encontro com Jesus foi de uma alegria imensa… o encontro com Jesus proporciona sempre alegria…
Já parámos para pensar nisso? Já fizemos essa experiência? Procura fazer memória de alguns momentos em que tenhas percebido e sentido a alegria do encontro com o Senhor.
Momento de silêncio (música de fundo)
Diante daquele recém-nascido os magos realizam um rito que era próprio daquela época e que indicava a submissão a alguém poderoso: prostram-se, rendem-lhe homenagem, oferecem os presentes que se ofereciam nessa altura no oriente…
Ao oferecerem os seus presentes, aqueles homens manifestam a sua disponibilidade para o projecto daquele Menino. Em troca, o Menino faz-se presente na vida deles.
Dar um presente significa marcar presença na vida daquela pessoa... comprometer-me com aquela pessoa... o compromisso, o fazer-se presente, muda a vida de quem dá... muda a vida de quem recebe. Une as vidas... gera compromisso... gera comunhão... muda os rumos...
Os Magos tinham-se comprometido a passar pelo palácio de Herodes. Voltar pelo caminho de Herodes seria pactuar com ele, com a sua tirania, com o seu projecto de morte... Mas o seu caminho de regresso foi diferente: quem se encontra, quem percebe a presença do Menino, quem se compromete com Ele, não pode mais trilhar caminhos antigos: o novo toma conta do seu coração, aponta novos critérios, novos ideais, estabelece novos projectos!...
E nós? Já nos abrimos à luz que é Cristo?
Ou preferimos que a nossa vida, os nossos projectos sejam iluminados por outro tipo de luz?
Ou preferimos que a nossa vida permaneça na escuridão do sem sentido, do vazio, da falta de ideal?
Quais são os valores que nos animam?
“Vimos a sua estrela no oriente e viemos adorá-lo!”...
Que sinais percebemos na nossa vida da presença de Jesus? Como o adoramos?
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