quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Mensagem do Papa Bento XVI para a XXVI Jornada Mundial da Juventude 2011

«Enraizados e edificados n’Ele... firmes na fé» (cf. Cl 2, 7).

Queridos amigos!

Penso com frequência na Jornada Mundial da Juventude de Sidney de 2008. Lá vivemos uma grande festa da fé, durante a qual o Espírito de Deus agiu com força, criando uma comunhão intensa entre os participantes, que vieram de todas as partes do mundo. Aquele encontro, assim como os precedentes, deu frutos abundantes na vida de numerosos jovens e de toda a Igreja. Agora, o nosso olhar dirige-se para a próxima Jornada Mundial da Juventude, que terá lugar em Madrid em Agosto de 2011. Já em 1989, poucos meses antes da histórica derrocada do Muro de Berlim, a peregrinação dos jovens fez etapa na Espanha, em Santiago de Compostela. Agora, num momento em que a Europa tem grande necessidade de reencontrar as suas raízes cristãs, marcamos encontro em Madrid, com o tema: «Enraizados e edificados em Cristo... firmes na fé» (cf. Cl 2, 7). Por conseguinte, convido-vos para este encontro tão importante para a Igreja na Europa e para a Igreja universal. E gostaria que todos os jovens, quer os que compartilham a nossa fé em Jesus Cristo, quer todos os que hesitam, que estão na dúvida ou não crêem n’Ele, possam viver esta experiência, que pode ser decisiva para a vida: a experiência do Senhor Jesus ressuscitado e vivo e do seu amor por todos nós.

Na nascente das vossas maiores aspirações!

1. Em todas as épocas, também nos nossos dias, numerosos jovens sentem o desejo profundo de que as relações entre as pessoas sejam vividas na verdade e na solidariedade. Muitos manifestam a aspiração por construir relacionamentos de amizade autêntica, por conhecer o verdadeiro amor, por fundar uma família unida, por alcançar uma estabilidade pessoal e uma segurança real, que possam garantir um futuro sereno e feliz. Certamente, recordando a minha juventude, sei que estabilidade e segurança não são as questões que ocupam mais a mente dos jovens. Sim, a procura de um posto de trabalho e com ele poder ter uma certeza é um problema grande e urgente, mas ao mesmo tempo a juventude permanece contudo a idade na qual se está em busca da vida maior. Se penso nos meus anos de então: simplesmente não nos queríamos perder na normalidade da vida burguesa. Queríamos o que é grande, novo. Queríamos encontrar a própria vida na sua vastidão e beleza. Certamente, isto dependia também da nossa situação. Durante a ditadura nacional-socialista e durante a guerra nós fomos, por assim dizer, «aprisionados» pelo poder dominante. Por conseguinte, queríamos sair fora para entrar na amplidão das possibilidades do ser homem. Mas penso que, num certo sentido, todas as gerações sentem este impulso de ir além do habitual. Faz parte do ser jovem desejar algo mais do que a vida quotidiana regular de um emprego seguro e sentir o anseio pelo que é realmente grande. Trata-se apenas de um sonho vazio que esvaece quando nos tornamos adultos? Não, o homem é verdadeiramente criado para aquilo que é grande, para o infinito. Qualquer outra coisa é insuficiente. Santo Agostinho tinha razão: o nosso coração está inquieto enquanto não repousar em Ti. O desejo da vida maior é um sinal do facto que foi Ele quem nos criou, de que temos a Sua «marca». Deus é vida, e por isso todas as criaturas tendem para a vida; de maneira única e especial a pessoa humana, feita à imagem de Deus, aspira pelo amor, pela alegria e pela paz. Compreendemos então que é um contra-senso pretender eliminar Deus para fazer viver o homem! Deus é a fonte da vida; eliminá-lo equivale a separar-se desta fonte e, inevitavelmente, a privar-se da plenitude e da alegria: «De facto, sem o Criador a criatura esvaece» (Conc. Ecum. Vat. II, Const. Gaudium et spes, 36). A cultura actual, nalgumas áreas do mundo, sobretudo no Ocidente, tende a excluir Deus, ou a considerar a fé como um facto privado, sem qualquer relevância para a vida social. Mas o conjunto de valores que estão na base da sociedade provém do Evangelho — como o sentido da dignidade da pessoa, da solidariedade, do trabalho e da família — constata-se uma espécie de «eclipse de Deus», uma certa amnésia, ou até uma verdadeira rejeição do Cristianismo e uma negação do tesouro da fé recebida, com o risco de perder a própria identidade profunda.

Por este motivo, queridos amigos, convido-vos a intensificar o vosso caminho de fé em Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Vós sois o futuro da sociedade e da Igreja! Como escrevia o apóstolo Paulo aos cristãos da cidade de Colossos, é vital ter raízes, bases sólidas! E isto é particularmente verdadeiro hoje, quando muitos não têm pontos de referência estáveis para construir a sua vida, tornando-se assim profundamente inseguros. O relativismo difundido, segundo o qual tudo equivale e não existe verdade alguma, nem qualquer ponto de referência absoluto, não gera a verdadeira liberdade, mas instabilidade, desorientação, conformismo às modas do momento. Vós jovens tendes direito de receber das gerações que vos precedem pontos firmes para fazer as vossas opções e construir a vossa vida, do mesmo modo como uma jovem planta precisa de um sólido apoio para que as raízes cresçam, para se tornar depois uma árvore robusta, capaz de dar fruto.

Enraizados e fundados em Cristo

2. Para ressaltar a importância da fé na vida dos crentes, gostaria de me deter sobre cada uma das três palavras que São Paulo usa nesta sua expressão: «Enraizados e fundados em Cristo... firmes na fé» (cf. Cl 2, 7). Nela podemos ver três imagens: «enraizado» recorda a árvore e as raízes que a alimentam; «fundado» refere-se à construção de uma casa; «firme» evoca o crescimento da força física e moral. Trata-se de imagens muito eloquentes. Antes de as comentar, deve-se observar simplesmente que no texto original as três palavras, sob o ponto de vista gramatical, estão no passivo: isto significa que é o próprio Cristo quem toma a iniciativa de radicar, fundar e tornar firmes os crentes.

A primeira imagem é a da árvore, firmemente plantada no solo através das raízes, que a tornam estável e a alimentam. Sem raízes, seria arrastada pelo vento e morreria. Quais são as nossas raízes? Naturalmente, os pais, a família e a cultura do nosso país, que são uma componente muito importante da nossa identidade. A Bíblia revela outra. O profeta Jeremias escreve: «Bendito o homem que deposita a confiança no Senhor, e cuja esperança é o Senhor. É como a árvore plantada perto da água, a qual estende as raízes para a corrente; não teme quando vem o calor, a sua folhagem fica sempre verdejante. Não a inquieta a seca de um ano; continua a produzir frutos» (Jr 17, 7-8). Estender as raízes, para o profeta, significa ter confiança em Deus. D’Ele obtemos a nossa vida; sem Ele não poderíamos viver verdadeiramente. «Deus deu-nos a vida eterna, e esta vida está em Seu Filho» (1 Jo 5, 11). O próprio Jesus apresenta-se como nossa vida (cf. Jo 14, 6). Por isso a fé cristã não é só crer em verdades, mas é antes de tudo uma relação pessoal com Jesus Cristo, é o encontro com o Filho de Deus, que dá a toda a existência um novo dinamismo. Quando entramos em relação pessoal com Ele, Cristo revela-nos a nossa identidade e, na sua amizade, a vida cresce e realiza-se em plenitude. Há um momento, quando somos jovens, em que cada um de nós se pergunta: que sentido tem a minha vida, que finalidade, que orientação lhe devo dar? É uma fase fundamental, que pode perturbar o ânimo, às vezes também por muito tempo. Pensa-se no tipo de trabalho a empreender, quais relações sociais estabelecer, que afectos desenvolver... Neste contexto, penso de novo na minha juventude. De certa forma muito cedo tive a consciência de que o Senhor me queria sacerdote. Mais tarde, depois da Guerra, quando no seminário e na universidade eu estava a caminho para esta meta, tive que reconquistar esta certeza. Tive que me perguntar: é este verdadeiramente o meu caminho? É deveras esta a vontade do Senhor para mim? Serei capaz de Lhe permanecer fiel e de estar totalmente disponível para Ele, ao Seu serviço? Uma decisão como esta deve ser também sofrida. Não pode ser de outra forma. Mas depois surgiu a certeza: é bem assim! Sim, o Senhor quer-me, por isso também me dará a força. Ao ouvi-Lo, ao caminhar juntamente com Ele torno-me deveras eu mesmo. Não conta a realização dos meus próprios desejos, mas a Sua vontade. Assim a vida torna-se autêntica.

Tal como as raízes da árvore a mantêm firmemente plantada na terra, também os fundamentos dão à casa uma estabilidade duradoura. Mediante a fé, nós somos fundados em Cristo (cf. Cl 2, 7), como uma casa é construída sobre os fundamentos. Na história sagrada temos numerosos exemplos de santos que edificaram a sua vida sobre a Palavra de Deus. O primeiro foi Abraão. O nosso pai na fé obedeceu a Deus que lhe pedia para deixar a casa paterna a fim de se encaminhar para uma terra desconhecida. «Abraão acreditou em Deus e isso foi-lhe atribuído à conta de justiça e foi chamado amigo de Deus» (Tg 2, 23). Estar fundados em Cristo significa responder concretamente à chamada de Deus, confiando n’Ele e pondo em prática a sua Palavra. O próprio Jesus admoesta os seus discípulos: «Porque me chamais: “Senhor, Senhor” e não fazeis o que Eu digo?» (Lc 6, 46). E, recorrendo à imagem da construção da casa, acrescenta: «todo aquele que vem ter Comigo, escuta as Minhas palavras e as põe em prática, é semelhante a um homem que construiu uma casa: Cavou, aprofundou e assentou os alicerces sobre a rocha. Sobreveio a inundação, a torrente arremessou-se com violência contra aquela casa e não pôde abalá-la por ter sido bem construída» (Lc 6, 47-48).

Queridos amigos, construí a vossa casa sobre a rocha, como o homem que «cavou muito profundamente». Procurai também vós, todos os dias, seguir a Palavra de Cristo. Senti-O como o verdadeiro Amigo com o qual partilhar o caminho da vossa vida. Com Ele ao vosso lado sereis capazes de enfrentar com coragem e esperança as dificuldades, os problemas, também as desilusões e as derrotas. São-vos apresentadas continuamente propostas mais fáceis, mas vós mesmos vos apercebeis que se revelam enganadoras, que não vos dão serenidade e alegria. Só a Palavra de Deus nos indica o caminho autêntico, só a fé que nos foi transmitida é a luz que ilumina o caminho. Acolhei com gratidão este dom espiritual que recebestes das vossas famílias e comprometei-vos a responder com responsabilidade à chamada de Deus, tornando-vos adultos na fé. Não acrediteis em quantos vos dizem que não tendes necessidade dos outros para construir a vossa vida! Ao contrário, apoiai-vos na fé dos vossos familiares, na fé da Igreja, e agradecei ao Senhor por a ter recebido e feito vossa!

Firmes na fé

3. «Enraizados e fundados em Cristo... firmes na fé» (cf. Cl 2, 7). A Carta da qual é tirado este convite, foi escrita por São Paulo para responder a uma necessidade precisa dos cristãos da cidade de Colossos. Com efeito, aquela comunidade estava ameaçada pela influência de determinadas tendências culturais da época, que afastavam os fiéis do Evangelho. O nosso contexto cultural, queridos jovens, tem numerosas analogias com o tempo dos Colossenses daquela época. De facto, há uma forte corrente de pensamento laicista que pretende marginalizar Deus da vida das pessoas e da sociedade, perspectivando e tentando criar um «paraíso» sem Ele. Mas a experiência ensina que o mundo sem Deus se torna um «inferno»: prevalecem os egoísmos, as divisões nas famílias, o ódio entre as pessoas e entre os povos, a falta de amor, de alegria e de esperança. Ao contrário, onde as pessoas e os povos acolhem a presença de Deus, o adoram na verdade e ouvem a sua voz, constrói-se concretamente a civilização do amor, na qual todos são respeitados na sua dignidade, cresce a comunhão, com os frutos que ela dá. Contudo existem cristãos que se deixam seduzir pelo modo de pensar laicista, ou são atraídos por correntes religiosas que afastam da fé em Jesus Cristo. Outros, sem aderir a estas chamadas, simplesmente deixaram esmorecer a sua fé, com inevitáveis consequências negativas a nível moral.

Aos irmãos contagiados por ideias alheias ao Evangelho, o apóstolo Paulo recorda o poder de Cristo morto e ressuscitado. Este mistério é o fundamento da nossa vida, o centro da fé cristã. Todas as filosofias que o ignoram, que o consideram «escândalo» (1 Cor 1, 23), mostram os seus limites diante das grandes perguntas que habitam o coração do homem. Por isso também eu, como Sucessor do apóstolo Pedro, desejo confirmar-vos na fé (cf. Lc 22, 32). Nós cremos firmemente que Jesus Cristo se ofereceu na Cruz para nos doar o seu amor; na sua paixão, carregou os nossos sofrimentos, assumiu sobre si os nossos pecados, obteve-nos o perdão e reconciliou-nos com Deus Pai, abrindo-nos o caminho da vida eterna. Deste modo fomos libertados do que mais entrava a nossa vida: a escravidão do pecado, e podemos amar a todos, até os inimigos, e partilhar este amor com os irmãos mais pobres e em dificuldade.

Queridos amigos, muitas vezes a Cruz assusta-nos, porque parece ser a negação da vida. Na realidade, é o contrário! Ela é o «sim» de Deus ao homem, a expressão máxima do seu amor e a nascente da qual brota a vida eterna. De facto, do coração aberto de Jesus na cruz brotou esta vida divina, sempre disponível para quem aceita erguer os olhos para o Crucificado. Portanto, não posso deixar de vos convidar a aceitar a Cruz de Jesus, sinal do amor de Deus, como fonte de vida nova. Fora de Cristo morto e ressuscitado, não há salvação! Só Ele pode libertar o mundo do mal e fazer crescer o Reino de justiça, de paz e de amor pelo qual todos aspiram.

Crer em Jesus Cristo sem o ver

4. No Evangelho é-nos descrita a experiência de fé do apóstolo Tomé ao acolher o mistério da Cruz e da Ressurreição de Cristo. Tomé faz parte dos Doze apóstolos; seguiu Jesus; foi testemunha directa das suas curas, dos milagres; ouviu as suas palavras; viveu a desorientação perante a sua morte. Na noite de Páscoa o Senhor apareceu aos discípulos, mas Tomé não estava presente, e quando lhe foi contado que Jesus estava vivo e se mostrou, declarou: «Se eu não vir o sinal dos cravos nas Suas mãos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e não meter a mão no Seu lado, não acreditarei» (Jo 20, 25).

Também nós gostaríamos de poder ver Jesus, de poder falar com Ele, de sentir ainda mais forte a sua presença. Hoje para muitos, o acesso a Jesus tornou-se difícil. Circulam tantas imagens de Jesus que se fazem passar por científicas e O privam da sua grandeza, da singularidade da Sua pessoa. Portanto, durante longos anos de estudo e meditação, maturou em mim o pensamento de transmitir um pouco do meu encontro pessoal com Jesus num livro: quase para ajudar a ver, a ouvir, a tocar o Senhor, no qual Deus veio ao nosso encontro para se dar a conhecer. De facto, o próprio Jesus aparecendo de novo aos discípulos depois de oito dias, diz a Tomé: «Chega aqui o teu dedo e vê as Minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no Meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente» (Jo 20, 27). Também nós temos a possibilidade de ter um contacto sensível com Jesus, meter, por assim dizer, a mão nos sinais da sua Paixão, os sinais do seu amor: nos Sacramentos Ele torna-se particularmente próximo de nós, doa-se a nós. Queridos jovens, aprendei a «ver», a «encontrar» Jesus na Eucaristia, onde está presente e próximo até se fazer alimento para o nosso caminho; no Sacramento da Penitência, no qual o Senhor manifesta a sua misericórdia ao oferecer-nos sempre o seu perdão. Reconhecei e servi Jesus também nos pobres, nos doentes, nos irmãos que estão em dificuldade e precisam de ajuda.

Abri e cultivai um diálogo pessoal com Jesus Cristo, na fé. Conhecei-o mediante a leitura dos Evangelhos e do Catecismo da Igreja Católica; entrai em diálogo com Ele na oração, dai-lhe a vossa confiança: ele nunca a trairá! «Antes de mais, a fé é uma adesão pessoal do homem a Deus. Ao mesmo tempo, e inseparavelmente, é o assentimento livre a toda a verdade revelada por Deus» (Catecismo da Igreja Católica, n. 150). Assim podereis adquirir uma fé madura, sólida, que não estará unicamente fundada num sentimento religioso ou numa vaga recordação da catequese da vossa infância. Podereis conhecer Deus e viver autenticamente d’Ele, como o apóstolo Tomé, quando manifesta com força a sua fé em Jesus: «Meu Senhor e meu Deus!».

Amparados pela fé da Igreja para ser testemunhas

5. Naquele momento Jesus exclama: «Porque Me viste, acreditaste. Bem-aventurados os que, sem terem visto, acreditaram!» (Jo 20, 29). Ele pensa no caminho da Igreja, fundada sobre a fé das testemunhas oculares: os Apóstolos. Compreendemos então que a nossa fé pessoal em Cristo, nascida do diálogo com Ele, está ligada à fé da Igreja: não somos crentes isolados, mas, pelo Baptismo, somos membros desta grande família, e é a fé professada pela Igreja que dá segurança à nossa fé pessoal. O credo que proclamamos na Missa dominical protege-nos precisamente do perigo de crer num Deus que não é o que Jesus nos revelou: «Cada crente é, assim, um elo na grande cadeia dos crentes. Não posso crer sem ser motivado pela fé dos outros, e pela minha fé contribuo também para guiar os outros na fé» (Catecismo da Igreja Católica, n. 166). Agradeçamos sempre ao Senhor pelo dom da Igreja; ela faz-nos progredir com segurança na fé, que nos dá a vida verdadeira (cf. Jo 20, 31).

Na história da Igreja, os santos e os mártires hauriram da Cruz gloriosa de Cristo a força para serem fiéis a Deus até à doação de si mesmos; na fé encontraram a força para vencer as próprias debilidades e superar qualquer adversidade. De facto, como diz o apóstolo João, «Quem é que vence o mundo senão aquele que crê que Jesus é Filho de Deus?» (1 Jo 5, 5). E a vitória que nasce da fé é a do amor. Quantos cristãos foram e são um testemunho vivo da força da fé que se exprime na caridade; foram artífices de paz, promotores de justiça, animadores de um mundo mais humano, um mundo segundo Deus; comprometeram-se nos vários âmbitos da vida social, com competência e profissionalidade, contribuindo de modo eficaz para o bem de todos. A caridade que brota da fé levou-os a dar um testemunho muito concreto, nas acções e nas palavras: Cristo não é um bem só para nós próprios, é o bem mais precioso que temos para partilhar com os outros. Na era da globalização, sede testemunhas da esperança cristã em todo o mundo: são muitos os que desejam receber esta esperança! Diante do sepulcro do amigo Lázaro, morto havia quatro dias, Jesus, antes de o chamar de novo à vida, disse à sua irmã Marta: «Se acreditasses, verias a glória de Deus» (cf. Jo 11, 40). Também vós, se acreditardes, se souberdes viver e testemunhar a vossa fé todos os dias, tornar-vos-eis instrumentos para fazer reencontrar a outros jovens como vós o sentido e a alegria da vida, que nasce do encontro com Cristo!

Rumo à Jornada Mundial de Madrid

6. Queridos amigos, renovo-vos o convite a ir à Jornada Mundial da Juventude a Madrid. É com profunda alegria que espero cada um de vós pessoalmente: Cristo quer tornar-vos firmes na fé através a Igreja. A opção de crer em Cristo e de O seguir não é fácil; é dificultada pelas nossas infidelidades pessoais e por tantas vozes que indicam caminhos mais fáceis. Não vos deixeis desencorajar, procurai antes o apoio da Comunidade cristã, o apoio da Igreja! Ao longo deste ano preparai-vos intensamente para o encontro de Madrid com os vossos Bispos, os vossos sacerdotes e os responsáveis da pastoral juvenil nas dioceses, nas comunidades paroquiais, nas associações e nos movimentos. A qualidade do nosso encontro dependerá sobretudo da preparação espiritual, da oração, da escuta comum da Palavra de Deus e do apoio recíproco.

Amados jovens, a Igreja conta convosco! Precisa da vossa fé viva, da vossa caridade e do dinamismo da vossa esperança. A vossa presença renova a Igreja, rejuvenesce-a e confere-lhe renovado impulso. Por isso as Jornadas Mundiais da Juventude são uma graça não só para vós, mas para todo o Povo de Deus. A Igreja na Espanha está a preparar-se activamente para vos receber e para viver juntos a experiência jubilosa da fé. Agradeço às dioceses, às paróquias, aos santuários, às comunidades religiosas, às associações e aos movimentos eclesiais, que trabalham com generosidade na preparação deste acontecimento. O Senhor não deixará de os abençoar. A Virgem Maria acompanhe este caminho de preparação. Ela, ao anúncio do Anjo, acolheu com fé a Palavra de Deus; com fé consentiu a obra que Deus estava a realizar nela. Pronunciando o seu «fiat», o seu «sim», recebeu o dom de uma caridade imensa, que a levou a doar-se totalmente a Deus. Interceda por cada um e cada uma de vós, para que na próxima Jornada Mundial possais crescer na fé e no amor. Garanto-vos a minha recordação paterna na oração e abençoo-vos de coração.

Vaticano, 6 de Agosto de 2010, Festa da Transfiguração do Senhor.

BENEDICTUS PP. XVI

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

S. Miguel, Arcanjo


A Paróquia de São Miguel da Sé celebra hoje o seu padroeiro com o seguinte programa:
18h30 - Missa Solene
19h30 - Convívio atrás da Sé (Entrada Livre).

S. Miguel Arcanjo
Miguel significa "Quem como Deus?" é o defensor do Povo de Deus no tempo de angústia. É o padreiro da Igreja Universal e aquele que acompanha as almas dos mortos até ao céu.

Hoje a Igreja celebra também:
São Gabriel, Arcanjo - Gabriel signiica "Deus é forte" ou "aquele que está na presença de Deus" - aparece no assim chamado evangelho da infância como mensageiro da Boa Nova do Reino de Deus, que já está presente na pessoa de Jesus de Nazaré, nascido de Maria
É ele quem anuncia o nascimento de João Baptista e de Jesus. Anuncia, portanto, o surgimento de um nova era, um tempo de esperança e de salvação para todos os homens. É ele quem, pela primeira vez, profere aquelas palavras que todas as gerações hão-de repetir para louvar e saudar a Virgem de Nazaré: "Ave, cheia de graça. O Senhor é convosco".

São Rafael, Arcanjo - Rafael quer dizer "medicina dos deuses" ou "Deus cura"- foi o companheiro de viagem de Tobias. É o anjo benzafejo que acompanha o jovem Tobias desde Nínive até até à Média; quem o defende dos perigos e patrocina o seu casamento com Sara. É ele quem tira da cegueira o velho Tobias. É aquele que cura, que expulsa os demónios. São Rafael é o companheiro de viagem do homem, seu guia e seu protector nas adversidades.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Encontro de Equipas Coordenadoras




"O semeador saiu a semear. Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho.", diz-nos Mateus e foi este o mote escolhido para este 1.º encontro.
O nosso ano pastoral iniciou e ao Movimento continuam a ser colocados vários desafios para a evangelização dos jovens, através de acções concretas que exigem o testemunho cristão dos encontristas. Os SP's assumem aqui um papel fundamental pela espiritualidade que testemunham e pela sua acção nas diversas realidades em que se inserem, indo ao encontro da juventude dentro ou fora das paróquias.
O ano pastoral que iniciamos é de extrema importância para a vida do Movimento. É ano de Congresso, o que exige uma reflexão séria sobre o ser do Movimento, o seu sentido e a sua pertinência para o hoje e aqui. Todos nós que aqui estamos iremos representar os nossos secretariados no XX Congresso do Movimento Encontros de Jovens Shalom. Isso requer de nós uma atitude responsável, madura e consciente. Todos sabemos que coordenar um grupo não é uma questão de vontade ou desejo pessoal, ou mesmo carreirismo: é uma questão de serviço." 


Durante este fim-de-semana o trabalho foi muito mas necessário para o bom funcionamento dos vários grupos da diocese. 

Ficaram agendadas as seguintes actividades:

23 Outubro - Jornada Missionária Diocesana (Alcaíns)

13 e 14 Novembro - Encontro de Oração

15 a 18 Novembro - Curso de Eneagrama (Para adultos)

4 e 5 Dezembro - Encontro de Espiritualidade

19 Dezembro - Celebração dos 25 anos da ordenação do Pe. Vítor Lopes (Comunidade Shalom)

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Dia de S. Mateus - apóstolo e evangelista


Trata-se de um dos apóstolos, homem decidido e genroso desde o primeiro momento da sua vocação. É também evangelista - o primeiro que, por inspiração divina, pôs por escrito a mensagem messiânica de Jesus.

Foi Judeu. Exercia as funções de cobrador de direitos de portagem, ao serviço de Herodes Antipas. Um dia, Jesus saía de Cafarnaum em direcção ao Lago, olhou para ele com atenção e disse-lhe: "Mateus, segue-me". E Mateus seguiu-o e foi generoso ao seguir o chamamento e agradecido ao mesmo tempo. Acompanhou sempre o Salvador. Foi testemunha da Ressurreição, assistiu à Ascensão e recebeu o Espírito Santo no dia de Pentecostes.

A glória principal de S. Mateus é o seu Evangelho, escrito primeiro em aramaico e traduzido depois para grego.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Jornadas Mundiais da Juventude 2011


As Jornadas Mundiais da Juventude serão já no próximo ano, bem aqui ao lado em Espanha. Esta grande actividade da Igreja Católica decorrerá de 16 a 21 de Agosto. Como já deverão ter conhecimento, a 3ª CID do ano pastoral 2009/2010 deliberou que o Movimento participará no fim-de-semana, ou seja, de sexta 19 a domingo 21.

Esta participação será no regime de “tudo incluído”, ou seja, a nossa inscrição junto da organização vai contemplar alojamento (em locais modestos como pavilhões, escolas ou igrejas), alimentação (q.b. e fornecida pela organização), transportes em Madrid, kit de participação das JMJ2011 e seguro de acidentes pessoais. A taxa de inscrição é de 100€ por pessoa, conforme tabela de preços da organização.

Acrescentamos que ao valor indicado será adicionado o valor do transporte. 
Pedimos-te que o teu SP proceda ao preenchimento da Ficha de Inscrição Geral e que envie a mesma até à 1ª CID. Deverão incluir todos os elementos do SP, inclusive encontristas mais velhos e pré-encontros que queiram participar. Informamos que uma vez entregue a Ficha de Inscrição Geral não são aceites desistências. Em conjunto com a Ficha deverá ser entregue 50% do valor da taxa de inscrição.

Posteriormente, e até à 2.ª CID, cada participante deverá proceder ao pagamento dos restantes 50%, bem como à entrega da Ficha de Inscrição Individual. Todos os encontristas que até ao dia 22 de Agosto de 2011 tenham menos de 18 anos deverão também entregar a Minuta de Autorização devidamente preenchida e assinada pelo Encarregado de Educação.

Mais informações em:

2ª JORNADA MISSIONÁRIA DIOCESANA

23 de Outubro - Seminário de Alcains
TEMA: MISSÃO: Comunhão e Partilha

PROGRAMA PROVISÓRIO

10h00 - Acolhimento, entrega de material

10h30 - Início de actividades, por sectores

CRIANÇAS: Animado pelo Secretariado Diocesano da Catequese e Catequistas do Arciprestado de Castelo Branco

JOVENS: Animado pelo Secretariado Diocesano da Juventude e Vocações e Grupos de Jovens Missionários e Paroquiais

ADULTOS: Animado pelo Secretariado Diocesano das Missões Palestrante: D. Augusto César Ferreira da Silva

12h30 - Almoço (*)

- Tempo de encontro

14h30 - Momento de Animação Missionária

15h30 - Caminhada a Igreja Paroquial de Alcains

16h00 - Eucaristia, presidida pelo Senhor Bispo, D. Antonino Dias

- Envio em Missão

Notas: 1 - A Jornada Missionária, destina-se a todas as idades e durante todo o dia.

2 - Catequistas e responsáveis de Grupos devem motivar para a Jornada

3 - O material para as Paróquias e Comunidades será entregue

aos senhores Padres, nas reuniões de Arciprestado (mês de Setembro)

4 - (*) O almoço pode ser servido pelo Seminário. Até ao dia 17 de Outubro,

os senhores Padres deverão comunicar ao Secretariado o número

de pessoas interessadas nesta modalidade. Preço por pessoa: 7,50€.

domingo, 19 de setembro de 2010

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

1.º Encontro de Equipas Coordenadoras

"O Semeador saiu para semear. Enquanto semava, algumas sementes caíram à beira do caminho." (Mt13, 4)
Shalom amigos!
O novo ano pastoral já arrancou e todo o Movimento volta ao seu trabalho. Este será um ano de enormes desafios. Iniciamos o nosso ano falando sobre a Identidade de ser Movimento Encontros de Jovens Shalom. Será também ano de Congresso e de mudanças no Movimento.
Ao MEJsh continuam a ser colocados vários desafios para a evangelização dos jovens, através de acções concretas que exigem o testemunho cristão dos encontristas. Os Secretariados Paroquiais assumem aqui um papel fundamental pela espiritualidade que testemunham e pela sua acção nas diversas realidades em que se inserem, indo ao encontro da juventude dentro ou fora das paróquias.
Assim, surge a necessidade de juntos reflectirmos a realidade d MEJSh na Diocese de Portalegre-Castelo Branco e planearmos algumas actividades para o ano pastoral 2010-2011.
Nos dias 18 e 19 de Setembro irá decorrer, na paróquia de Nossa Senhora de Fátima, em Castelo Branco, o 1.º Encontro de Equipas Coordenadoras da diocese. O encontro terá início no sábado às 11h e terminará no domingo às 15h30. A Eucaristia será no sábado, às 18h30, em Nossa Senhora de Fátima.
A ordem de trabalhos será a seguinte:
Reflexão sobre a organização do Movimento;
Reflexão sobre os cargos da Equipa Coordenadora;
Reflexão sobre as Linhas de Acção para o Triénio 2008-2011;
Trabalho sobre a Reunião de Programação;
Reflexão sobre a Liderança;
Economia do Movimento e da Diocese;
Marcação de Cursos e Encontros.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Identifica-te

"Identifica-te"...Foi o mote escolhido para a actividade de início do novo ano pastoral. Reflectir sobre o que é o Movimento Encontros de Jovens Shalom e de que forma influencia e move a juventude...quais são os pilares fundamentais que tornam o Movimento único e diferente?

Planeamento/Missão; Realidade; Pessoa; Grupo; Serviço; Educação Libertadora; Comunitária; Eucaristia; Bíblia; Opção/Compromisso. Foram estas as principais vertentes do Movimento que explorámos durante todo o fim-de-semana. Trabalhámos não só a nossa identidade mas levámos a Identidade do Movimento Shalom à realidade que nos acolheu...Alcaíns!

De salientar os testemunhos do Miguel Ribeirinho (Encontrista, Oeiras) e da Ana Patrícia Fonseca (Encontrista, Monte Abraão). Adultos que em jovens passaram pelo Movimento e que nos deram o seu testemunho em como o Movimento é "escola para a vida", que nos mostra que temos de deixar a nossa impressão digital no processo de mudança da realidade em que vivemos. 

Para mim, pessoalmente, foi um fim-de-semana intenso. Foi o perceber que realmente o Movimento nos leva a um processo de crescimento integral como pessoas. Torna-nos mais pessoas...mais atentos ao outro que está ao nosso lado...e faz-nos geradores de mudança. Foi o perceber que mesmo depois de muitos anos (11 anos de caminhada) o Movimento continua a fazer todo o sentido na minha vida.

Sandra Santos (Coordenadora do Movimento Shalom na Diocese de Portalegre-Castelo Branco)



segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Carta da Assembleia da Comunidade Shalom à Família Shalom

Carta da Assembleia da Comunidade Shalom à Família Shalom (realizada de 4 a 25 de Julho de 2010 em Fortaleza, Brasil)

Nós, da Comunidade Shalom, estivemos reunidos em Assembleia durante três semanas, de 04 a 25 de Julho, reavivando ‘o dom de Deus em nós’ (2Tim. 1,6), refontalizando a nossa identidade, alimentando a nossa comunhão e acolhendo os apelos de Deus para a nossa missão.

Embora sendo poucos e às vezes até cada um vivendo sozinho na sua realidade, testemunhamos com encantamento e gratidão, os sinais de vida que Deus suscita através da nossa presença e do nosso serviço, na vida dos jovens e das outras pessoas, especialmente nas diversas formas de pertença à Família Shalom.

É a vós, irmãos e irmãs da Família Shalom, que nos dirigimos no final desta Assembleia, com uma palavra de comunhão, partilha e incentivo:

Escrevemos a vós, jovens, porque foi no vosso clamor pela vida em plenitude que Deus fez brotar a semente da nossa Comunidade e vós sois os destinatários primeiros e a parte mais querida da nossa missão! Temos consciência de sermos pessoas de Deus e dos Jovens.

Escrevemos a vós, irmãs da Comunidade Shalom Feminina, porque sois companheiras nos caminhos do serviço, na mística do lava-pés e no sonho de ser sementes de libertação.

Escrevemos a vós, Colaboradores da Comunidade, porque com a vossa generosidade, disponibilidade, serviço qualificado e gratuito, colaborais para que mais sementes possam chegar a mais corações.

Escrevemos a vós, do Movimento de Adultos, porque sois na nossa Família o testemunho vivo de que a juventude permanece, como uma atitude, além da idade, no amor ao ideal do Reino.

Escrevemos a vós, Voluntários Amigos Shalom, porque o vosso serviço generoso e gratuito, simples, dedicado e alegre, nos ensina a entender melhor a mística do lava-pés.

Escrevemos a vós, da Associação Amigos Shalom, porque na vossa solidariedade e corresponsabilidade, experimentamos a presença de Deus que nos apoia, incentiva e provém.

Escrevemos a vós, Casais Shalom, porque o amor que vocês vivem é para nós sacramento do Amor de Deus, criativo, doado, gerador de vida.

Escrevemos a vós, irmãos e irmãs de Consagração Leiga, porque sois na nossa Família o sinal visível da identidade de pessoas consagradas que todos somos pelo Batismo, pessoas preenchidas por Deus, tomadas por Deus, a serviço de todos, na transformação do mundo.

Escrevemos a vós, irmãos e irmãs da Família Shalom, e alargamos a nossa palavra a todas as pessoas amigas e gente de bem, com quem nos encontramos e caminhamos nos campos da nossa missão... escrevemos a todos vós, para dizer que convosco queremos continuar caminhando, servindo cada vez mais e gerando comunhão cada vez mais profunda.

Nesta Assembleia, lembrámo-nos do regador como um símbolo do que queremos ser, para vocês e com vocês, para todas as pessoas, especialmente para os jovens: o regador é para regar, suscitar, cuidar e nutrir a vida. O regador não guarda a água para si mesmo. O regador espalha água, porque foi feito para regar. Ele precisa estar cheio de água, para poder regar, mas é para regar que ele se enche de água. O regador é mediador: a água passa por ele, a água não é dele. Ele acolhe e espalha, doa. Acolhemos de Deus a água que nos vem da Consagração e a fazemos circular entre nós na comunhão que vivemos... para poder espalhá-la. Somos regadores de pessoas, de vidas, de jovens por predileção. Somos regadores da Família Shalom e convidamos a todos para serem regadores também, para todos juntos, como Família Shalom, podermos gerar vida na vida das pessoas e cuidar de tudo o que é vida e que cresce como sinal do Reino.

A tenda é a nossa casa e a nossa condição de vida, o nosso símbolo maior, expressão da itinerância, da simplicidade e da comunhão, do encontro com Deus e com os jovens, a tenda da Aliança. Queremos continuar sendo tenda de encontro nas realidades onde a Comunidade se faz presente e na vida das pessoas onde acampamos. Por isso, também nesta Assembleia nos reorganizamos para continuarmos sendo presença nas diversas realidades e queremos também partilhar com vocês algumas de nossas conclusões:

Comunicamos que nesta Assembleia foi eleito para Coordenador Geral da Comunidade Shalom o Pe. Domingos Cunha. Em Fortaleza, com ele, ficará o Pe. Erick, assumindo a Formação e o Jorge, em fase final do processo de formação. O Pe. José Luís manterá a presença em Belo Horizonte. O Pe. Afonso continua em Braga e o Pe. Vítor em Oeiras. O Pe. Luís Carlos, aquele em quem Deus fez habitar primeiro este ideal que hoje nos une, ele que sempre esteve em comunhão connosco, em breve estará morando numa de nossas casas. Comunicamos ainda que a Casa de Oeiras passa a ser também Casa de Formação, onde os jovens poderão preparar-se para assumir o nosso estilo de vida. Assumimos o compromisso de dar os passos necessários para iniciar o nosso trabalho na Igreja de Angola. E queremos partilhar também que as nossas Casas, em cada realidade, estão abertas para que pessoas da Família Shalom nelas possam fazer uma experiência de vida comunitária e para que jovens do Movimento possam fazer a experiência de um compromisso temporário, dedicando um ano ou dois anos das suas vidas ao trabalho de evangelização da juventude.

E para continuarmos alimentando a comunhão que já existe e que faz avivar em todos nós o dom de Deus, tomamos a iniciativa de convidar todas as formas de pertença à Família Shalom – Movimento Encontros de Jovens Shalom, Comunidade Shalom Feminina, Colaboradores, Voluntários Amigos Shalom, Associação Amigos Shalom, Casais Shalom, Movimento de Adultos e Consagração Leiga – para todos juntos prepararmos o Grande Encontro da Família Shalom, a realizar-se em Julho de 2012. Vamos reunir as pessoas de todas essas formas de pertença, de Fortaleza, de Belo Horizonte e de Portugal para, todos juntos, partilharmos e aprofundarmos a nossa identidade como Família Shalom.

A todos convidamos a trabalhar para o fortalecimento da evangelização da juventude, para a construção de pessoas animadas por uma espiritualidade integradora de todas as riquezas da vida, para a transformação e a libertação da pessoa humana e da História.

Unidos nas nossas Igrejas locais, viveremos como sementes do Reino de justiça, de paz, de fraternidade e de solidariedade, buscando encarnar a misericórdia e a ação libertadora do nosso Deus Trindade Santa.

Um abraço a todos, de todos nós que fazemos a Comunidade Shalom!

Tabuba, 25 de Julho de 2010